Seríamos felizes para sempre
Se o pra sempre não acabasse
Onde começa a rotina...
Seríamos felizes para sempre
Senão houvessem imperfeições...
Seríamos felizes para sempre
Se o pra sempre tivesse a duração
De uma única noite de amor...
segunda-feira, 25 de maio de 2009
RECOMEÇAR
O que fazer?
Quando te falta o ar?
Quando o chão se parte sobre seus pés te deixando flutuar?
O que fazer?
Com tanto ócio?
Com tanto espaço a ser preenchido?
Com a falta do despertador?
O que fazer?
Com um soneto inacabado?
Com sorrisos trancafiados
Em bocas maldosas que expelem fel?
O que fazer?
Quando o disco esta riscado?
Quando o dia está truncado?
Quando o tálamo está parado?
Quando a vida esta sem esmo?
O que fazer?
Quando a rotina for quebrada?
Quando se sentir um nada?
Quando precisar recomeçar?
O que fazer?
Quando o espetáculo terminar?
Quando as cortinas se fecharem,
sobre sua melhor apresentação?
O que fazer?
A nao ser ouvir um tango?
Quando te falta o ar?
Quando o chão se parte sobre seus pés te deixando flutuar?
O que fazer?
Com tanto ócio?
Com tanto espaço a ser preenchido?
Com a falta do despertador?
O que fazer?
Com um soneto inacabado?
Com sorrisos trancafiados
Em bocas maldosas que expelem fel?
O que fazer?
Quando o disco esta riscado?
Quando o dia está truncado?
Quando o tálamo está parado?
Quando a vida esta sem esmo?
O que fazer?
Quando a rotina for quebrada?
Quando se sentir um nada?
Quando precisar recomeçar?
O que fazer?
Quando o espetáculo terminar?
Quando as cortinas se fecharem,
sobre sua melhor apresentação?
O que fazer?
A nao ser ouvir um tango?
segunda-feira, 18 de maio de 2009
PENELOPE
Pisando sobre as folhas já decompostas de um outono
Sua imagem minha mente fez surgir
Um selvagem Pégasus, meu Zahir
O mar, provei em pequenas proporções.
Meu lábio fez ressecar
Por ferir meu peito ao te aguardar
Sou sua Penélope
Na escuridão que me assombra calado
Com meu longo e interminável bordado
Tu és nessa primavera
O aconchego de um ninho
Tu és meu cavalo marinho
Tu navegas nas minhas estações
Do inverno mais inolvidável
Ao verão mais agradável
Ressurgistes na minha crisálida
Minha flor de Lótus fez abrir
Exalando seu aroma só pra ti
Como um caracol seremos
Enquanto o néctar produzir
Alimentar-te ei.
Sua imagem minha mente fez surgir
Um selvagem Pégasus, meu Zahir
O mar, provei em pequenas proporções.
Meu lábio fez ressecar
Por ferir meu peito ao te aguardar
Sou sua Penélope
Na escuridão que me assombra calado
Com meu longo e interminável bordado
Tu és nessa primavera
O aconchego de um ninho
Tu és meu cavalo marinho
Tu navegas nas minhas estações
Do inverno mais inolvidável
Ao verão mais agradável
Ressurgistes na minha crisálida
Minha flor de Lótus fez abrir
Exalando seu aroma só pra ti
Como um caracol seremos
Enquanto o néctar produzir
Alimentar-te ei.
SEM TITULO
Vazio impertinente
Na inércia do momento
Sarasvati apartou-se
A íbis juntou-se a Toth
Eu cá estou
Na inércia do momento
Se eu tivesse meu sítar
Se eu soubesse tocá-lo
Eu fugiria
Da inércia do momento
Se eu pudesse estar lá
Se eu pudesse tudo mudar
Não estaria
Na inércia do momento
Mas estou cá
Nesse vazio impertinente
Que me assombrar irá
Será meu labéu
Na minha lápide:
“Aqui jaz quem só lá sentiu-se ...”
Na inércia do momento
Sarasvati apartou-se
A íbis juntou-se a Toth
Eu cá estou
Na inércia do momento
Se eu tivesse meu sítar
Se eu soubesse tocá-lo
Eu fugiria
Da inércia do momento
Se eu pudesse estar lá
Se eu pudesse tudo mudar
Não estaria
Na inércia do momento
Mas estou cá
Nesse vazio impertinente
Que me assombrar irá
Será meu labéu
Na minha lápide:
“Aqui jaz quem só lá sentiu-se ...”
DEMAGOGO
Livro-me do cálice que transborda o líquido
Liberto-me da língua que liquida os ímpios
Limpando minha linguagem da sua cólera
Despojo-me do teu pudor
A lâmina da lança que penetra, lânguida
Fincando a garra, causa a fístula, cálida
Pincelo meu rosto singelo, tornando-o pávido
Com tuas tintas e teus pós, mágicos
Deusifico Lúcifer no lúgubre, lúdico.
Que atrás das asas de anjo estás, assim, lúbrico.
Transformando-me no teu modelo, teu molde.
Beijo julgando justamente Judas – o justo?
Crucifico meu Cristo, criador, inelutável.
O axioma me parece atávico
E meu cálice de vinho tinto, já tíbio.
Em água se transformará por definitivo.
Liberto-me da língua que liquida os ímpios
Limpando minha linguagem da sua cólera
Despojo-me do teu pudor
A lâmina da lança que penetra, lânguida
Fincando a garra, causa a fístula, cálida
Pincelo meu rosto singelo, tornando-o pávido
Com tuas tintas e teus pós, mágicos
Deusifico Lúcifer no lúgubre, lúdico.
Que atrás das asas de anjo estás, assim, lúbrico.
Transformando-me no teu modelo, teu molde.
Beijo julgando justamente Judas – o justo?
Crucifico meu Cristo, criador, inelutável.
O axioma me parece atávico
E meu cálice de vinho tinto, já tíbio.
Em água se transformará por definitivo.
domingo, 26 de abril de 2009
SEM TITULO
O tudo tornou-se nada
Na doce treva do pulsar
A caixa de pandora novamente abriu
Entregando-nos ao desespero total
Extinguiu-se o Gênesis
Não há mais viver
Permaneceu o apocalipse
Para que possamos sofrer
O pó misturou-se a água
Tornou-se lama, não barro
A fênix não surgiu...
O tudo tornou-se o nada
A tinta da pena já secou
Da rosa só nos resta a Hiroshima...
O tudo tornou-se o nada
O sopro retornou a boca Divina
A terceira trombeta já tocou...
O tudo tornou-se o nada
Refletiu o poeta
Na hora que expirou
Na doce treva do pulsar
A caixa de pandora novamente abriu
Entregando-nos ao desespero total
Extinguiu-se o Gênesis
Não há mais viver
Permaneceu o apocalipse
Para que possamos sofrer
O pó misturou-se a água
Tornou-se lama, não barro
A fênix não surgiu...
O tudo tornou-se o nada
A tinta da pena já secou
Da rosa só nos resta a Hiroshima...
O tudo tornou-se o nada
O sopro retornou a boca Divina
A terceira trombeta já tocou...
O tudo tornou-se o nada
Refletiu o poeta
Na hora que expirou
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
BURACO NEGRO
Não há luz no fim do túnel
Não ha gravidade dentro de ti
Há uma força atraente eletromagnética
No seu núcleo massivo
Que te faz se aproximar
Mesmo esperando anos luz
Para sentir esse prazer indescritível....
Não ha gravidade dentro de ti
Há uma força atraente eletromagnética
No seu núcleo massivo
Que te faz se aproximar
Mesmo esperando anos luz
Para sentir esse prazer indescritível....
SECO
Desenhaste-me na parede com carvão
Com a perfeição de todas minhas curvas abstratas
Lambi sua gosma com minha língua afiada
Enquanto acendia o ultimo cigarro
Senti seu suor escorrer nas minhas costas
Enquanto você me preenchia os espaços vazios
Enquanto eu engolia sua verdade
Tão faminta de você
Não me conte meias verdades
Com sua boca pecaminosa
Apenas me infecte de você
Em todos os meus poros
Levanta-te ranque sua costela
Insira no meu ventre seco
A esperança do amanha
Com a perfeição de todas minhas curvas abstratas
Lambi sua gosma com minha língua afiada
Enquanto acendia o ultimo cigarro
Senti seu suor escorrer nas minhas costas
Enquanto você me preenchia os espaços vazios
Enquanto eu engolia sua verdade
Tão faminta de você
Não me conte meias verdades
Com sua boca pecaminosa
Apenas me infecte de você
Em todos os meus poros
Levanta-te ranque sua costela
Insira no meu ventre seco
A esperança do amanha
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